Chef Uilian Goya inaugura nos Jardins o ótimo Goya Zushi, especializado em omakase

Um dos mais talentosos chefs do universo da cozinha japonesa em São Paulo, Uilian Goya está felizmente de volta ao balcão. Depois de passar ao longo da carreira por casas como Kinoshita, Taka Daru e Fat Cow, ele abriu seu próprio restaurante — o Goya Zushi.

Inaugurado no fim de setembro na Alameda Franca, nos Jardins (pertinho da esquina com a Rua Augusta), o endereço oferece um excelente omakase, menu-degustação japonês que varia conforme as melhores matérias-primas disponíveis no dia.

A sequência de dez etapas é servida a partir das 19h (em breve, também às 21h) num elegante balcão para somente 10 clientes.

Dica: os lugares mais próximos à entrada são os melhores, pois permitem acompanhar o mise-en-scène do preparo de cada um dos itens.

No dia da visita, o abre-alas, chamado otoshi, trazia uma refrescante sunomono incrementada com ostra e laranja.

Em seguida, Goya ofereceu três variações de atum (foto), maturado 7 dias em temperatura e ventilação controlada. Do mais magro ao mais gordo, serviu akami, chutoro e toro (o mais marmorizado deles).

Na continuação, chegaram o ussuzukuri de robalo com yuzu (fruta cítrica asiática) e molho ponzu; os sushis de carapau (foto), linguado e toro; e um temaki com shissô. O arroz, de tempero exemplar, leva vinagre envelhecido e, para acompanhar, raiz-forte in natura.

Um dos pontos altos do jantar foi o futomaki (foto), aquele sushi enrolado mais grosso. A versão preparada inclui atum toro, shissô, aspargo, gergelim, picles de nabo, ovo perfeito e ovas de salmão.

Três sugestões quentes completam o menu. São elas o tempura de carapau, de fritura delicada e sequinha; o chawanmushi, flan de ovos com shitake e marisco branco, e — numa linha de comida oriental mais caseira — o kamameshi, um arroz molhadinho, única sugestão que é possível pedir repeteco.

O valor do jantar é de 390 reais por pessoa (não inclui bebidas). A carta de saquês privilegia rótulos mais nobres, que custam a partir de 510 reais, caso do Gassan Junmai Karakuchi (720 mililitros), da cidade de Shimane e produzido 100% a partir do arroz, sem adição de álcool.

Uma opção para gastar menos é pedir a única sugestão de saquê em dose, que sai por 60 reais (jarra de 150 mililitros).

Goya Zushi — @goyazushi e @uilgoya
Alameda Franca, 1151, Jardins.
Terça a sábado, a partir das 19h.
É imprescindível reservar.

www.getinapp.com.br/sao-paulo/goya-zushi



HIGHLIGHTS
Goya Zushi

Faixa de Preço: $$$
Tipo de Cozinha: Japonesa

Jornalista paulistano, foi crítico de bares da revista Veja São Paulo durante dez anos (2003 a 2013) — período em que escreveu e foi jurado das edições anuais Comer e Beber. Antes, trabalhou como colunista do Estadão (de 1994 a 2001) e colaborou para o Jornal da Tarde e revista Época São Paulo. Em 2014, criou o Taste and Fly, onde publica semanalmente posts sobre os melhores bares e restaurantes de São Paulo além de dicas de viagem e bebidas.

1 Comment

  • Responder dezembro 19, 2022

    Soma Yukihiro

    Bom, mas não vale o preço. O atendimento do chef para com os clientes dá pra sentir que é meio forçado(diferente do Vaz, que é simpátia pura, ou o Egashira san, que é o completo oposto do Vaz em termos de simpatia, mas você sente a cordialidade e o respeito que ele tem pelos cliente). Você consegue comer melhor no Shin Zushi, Kan Suke, Sushi Vaz, Makoto ,Pub Keito ou Imai Izakaya, na mesma faixa de preço.

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