Inaugurado no fim de 2017 numa das ladeiras de Perdizes, o The Lab chegou à cidade para ocupar o posto de o mais peculiar dos bares de coquetelaria em São Paulo. De localização secreta, este autêntico speakeasy paulistano ora lembra um bar, ora um laboratório.
O professor pardal e dono ali é o paulistano Luis Marcelo Nascimento, desenvolvedor de softwares, estudioso de bebidas e mestre-cervejeiro que tem uma visão bastante particular da coquetelaria.
Mais que o mise-en-scène do bartender, ele valoriza a precisão matemática dos mililitros das receitas para criar coquetéis equilibradíssimos.
Previamente preparados, os drinques são mantidos refrigerados em frascos farmacêuticos e só finalizados na frente dos clientes — em copos garimpados em antiquário, nem sempre com gelo ou decoração. Além disso, o proprietário prepara lá mesmo seus próprios gins, absinto, vermutes, bitters, tinturas, cordiais, licores e amaros. “Até o fim do ano, quero produzir aqui quase 100% da matéria-prima usada nos 22 coquetéis da carta”, diz Nascimento.
O sistema de funcionamento é outro diferencial do The Lab. A casa funciona como um clube fechado, com acesso por numa porta de garagem sem identificação. Para ter acesso, é necessário ser convidado (cada membro tem direito a levar até quatro pessoas) e se comprometer a não divulgar o endereço nas redes sociais.
Nas duas visitas realizadas foi possível provar alguns coquetéis memoráveis, como o blackberry bloody (27 reais; foto). O drinque traz gim como base alcoólica, shrub de amora (amora, açúcar e vinagre balsâmico) que lhe confere acidez e gomas arábica e xantana para dar textura aveludada ao conjunto. Também fez bonito o negroni #2 (31 reais; foto), releitura do negroni. Compõem sua receita gim, bourbon, vermutes tinto e seco e Campari.
Outra receita autoral de destaque é soul whisper (29 reais; foto). No paladar, o caramelado do rum envelhecido e o amargor do Cynar são suavizados por vermute tinto e bitters de laranja.
Não perca também o boulevardier defumado (31 reais), na qual a receita original (bourbon, vermute tinto e Campari) leva um lance de tintura de turfa. Também brilha o londrino hanky panky (gim, vermute tinto, Fernet-Branca; 31 reais; foto).
Poucas e singelas comidinhas ajudam a tapear a fome, como a porção de linguiça calabresa curada (20 reais) e o crostini de tomate, ricota e manjericão (18 reais; foto). O low profile endereço oferece ainda uma ótima seleção de cervejas artesanais, que fica porém em segundo plano com tantos coquetéis bacanas para provar.
The Lab
Terça a quinta, 19h/0h;
Sexta, 19h/1h;
Primeiro sábado do mês, 15h/0h.
Fecha segunda, sábado e domingo.
HIGHLIGHTS
The Lab
Faixa de Preço: $$
Tipo de Cozinha: Petiscos
OSVALDO JR
Aceito um convite!
Marcello Oliveira
Aceito um convite, já quemsou morador do bairro hahahahah
WJunior
Com todo respeito, qual a vantagem, para nós leitores, de uma informação como essa em que não poderemos ter acesso ao bar?
Talita menezes
Com todo respeito, toma no c# essa por##, parece escola do filho do Mick Jagger pra ir nisso….. pqp… só o q me faltava.. . Vou criar um grupo seleto de bêbados em casa tbm