Chef catalão Oscar Bosch, do Tanit, inaugura atraente bar espanhol Nit, na Oscar Freire

Inaugurado em 2016 e com filas diárias na porta desde então, o Tanit projetou-se como um dos mais disputados restaurantes da nova geração na cidade. Os méritos são do chef catalão Oscar Bosch, também sócio da casa, hábil em apresentar receitas espanholas com toques autorais.

Pois o burburinho em torno do Tanit entusiasmou Bosch a abrir uma ramificação do restaurante. Num imóvel que divide paredes com a casa-mãe, na Rua Oscar Freire, nos Jardins, ele abriu o novíssimo Nit.

Já bastante concorrida, a casa surgida no fim de fevereiro encanta pela atmosfera alto-astral e por reproduzir com fidelidade o estilo dos bares espanhóis de tapas. Para diferenciá-la do Tanit, Bosch criou um cardápio exclusivo para o bar, no qual brilham alguns clássicos ibéricos.

Entre eles estão a úmida tortilla de batata com pan con tomate (35 reais); as batatas bravas (25 reais; foto) — fritas em cubos e depois temperadas com aïoli e molho de tomate com páprica — e, claro, as croquetas, uma das estrelas da seleção de petiscos.

Não perca a ótima croqueta de rabada (17 reais; duas unidades; foto), preparada ao bechamel (e por isso tão cremosa) e servida com um toque de molho de vitello tonnato e duas alcaparras fritas. Curiosamente, há logo na entrada do bar um “croquetômetro”, que promete computar o número de croquetas vendidas desde a inauguração.

Também imperdíveis são os bocadillos de calamares (32 reais; foto), dois minisanduíches de anéis de lula empanados montados no pão de leite, e a costelinha de porco “negra” (34 reais; duas unidades; foto).

Depois de marinada em chá preto chinês lapsang souchong, a costela suína é cozida em baixa temperatura, rapidamente frita e recebe antes de ir para mesa uma geleia de alho negro trufada. Esqueça os talheres, é para comer com as mãos mesmo.

Caso prefira pedir um prato, a dica é o saboroso fideuà negro (com tinta de lula) coroado por graúdas e macias lulas grelhadas (110 reais; para dois; foto).

O chope (13 reais), da cervejaria espanhola Estrella Galicia, é colhido de duas chopeiras de louça exclusivas. Mas o chamariz etílico são mesmo os drinques assinados por Márcio Silva (do Guilhotina) e executados pelos bartenders Mateus e Thiago.

Um dos drinques, chamado vernit (25 reais; foto), ecoa o hábito espanhol de beber vermute com gelo, fatia de laranja e azeitona. O líquido, pré-preparado, leva um blend dos dois vermutes tintos infusionados em framboesa, mel e brandy de jerez.

Também interessantes são o refrescante gim tônica azafrán (com gim com infusão de cúrcuma; 34 reais) e o barcina (34 reais), este mais seco, que leva gim, aperitivo Lillet, jerez Tio Pepe, licor francês de flor de sabugueiro e uma folha de limão-taiti.

Nit
Rua Oscar Freire, 153, Jardins, tel.: (11) 3539-9795.
Terça e quarta, 18h/0h;
Quinta a sábado, 18h/1h;
Domingo, 17h/23h;
Fecha às segundas-feiras.



HIGHLIGHTS
Nit

Faixa de Preço: $$
Tipo de Cozinha: Espanhola

Jornalista paulistano, foi crítico de bares da revista Veja São Paulo durante dez anos (2003 a 2013) — período em que escreveu e foi jurado das edições anuais Comer e Beber. Antes, trabalhou como colunista do Estadão (de 1994 a 2001) e colaborou para o Jornal da Tarde e revista Época São Paulo. Em 2014, criou o Taste and Fly, onde publica semanalmente posts sobre os melhores bares e restaurantes de São Paulo além de dicas de viagem e bebidas.

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