[SP] Novíssimo gim artesanal brasileiro, Amázzoni chega aos bares paulistanos

Destilado versátil para coquetelaria e em alta em países que ditam as modas etílicas, o gim viu sua popularidade explodir em SP nos últimos anos. O surgimento de bares especializados em gim tônica, como G&T e o SóShots/Gin Club, estão ai para comprovar isso. Tal movimento começa a produzir agora uma nova onda — a dos gins artesanais de DNA 100% brasileiro.

Amazzoni1Depois dos gins artesanais Arapuru, Virga e Juniper 44º, foi lançado na semana passada (27/3) o Amázzoni, gim dry que tem entre seus criadores o bartender argentino Tato Giovannoni — que mora atualmente no Rio e é sócio de um dos bares mais premiados de Buenos Aires, o Floreria Atlantico. Seus parceiros no negócio são o artista plástico Alexandre Mazza e o arquiteto Arturo Isola.

O Amázzoni é produzido a partir de álcool de cereais numa destilaria especialmente criada para fazer gim em uma antiga fazenda fluminense de café em Barra Mansa, no Vale do Paraíba, a 130 quilômetros da capital. Leva em sua composição onze botânicos, sendo sete da Amazônia. Com bom equilíbrio entre os componentes aromáticos e o álcool de 42 graus, sua receita inclui  — além do obrigatório zimbro — cacau, castanha-do-pará, maxixe, cipó-cravo, rainha do lago, louro, coentro, mexerica e aroeira (pimenta-rosa).

Musa d'agua - drink-amazzoniNa noite de lançamento, no SubAstor, foi possível provar bons drinques com o Amázzoni, como o musa d’água (gim tônica com banana; foto), o água das águas (gim tônica com louro e pimenta-rosa; foto) e o FTM Collins (com xarope de graviola, suco de grapefruit, suco de limão e água tônica). O gim também já está disponível no bar Guilhotina, do barman Márcio Silva, entre outros endereços.

As vendas diretamente ao consumidor são pela importadora Mr. Man (www.mrman.com.br). A garrafa de 750 mililitros custa 125 reais.

GIM VITÓRIA RÉGIA
VITORIA REGIA GIMNesta 2a-feira (10/4), no bar Juniper 44º, será lançado oficialmente o Vitória Régia, primeiro gim orgânico brasileiro com certificação. Criado pelo grupo Carmosina, que produz a cachaça Yaguara, será um gim de preço competitivo (75 reais; garrafa de 750 mililitros) e cinco botânicos — zimbro, cardamomo, semente de coentro, casca de limão-taiti e pimenta-da-jamaica. A fórmula, com álcool-base extraído da cana-de-açúcar e 44% de teor alcoólico, é do químico Erwin Weimann, também master blender Yaguara. Estará disponível em bares como G&T, Juniper 44º e SóShots.

Jornalista paulistano, foi crítico de bares da revista Veja São Paulo durante dez anos (2003 a 2013) — período em que escreveu e foi jurado das edições anuais Comer e Beber. Antes, trabalhou como colunista do Estadão (de 1994 a 2001) e colaborou para o Jornal da Tarde e revista Época São Paulo. Em 2014, criou o Taste and Fly, onde publica semanalmente posts sobre os melhores bares e restaurantes de São Paulo além de dicas de viagem e bebidas.

3 Comments

  • Responder abril 10, 2017

    Ana

    Oláá
    Como eu descubro todos os bares que tem ?

    Valeuu

  • Responder abril 10, 2017

    Martim Pelisson Moraes

    O gim não é uma bebida destilada à base de cereais? Logo, se o álcool base é extraído da cana-de-açúcar, pode ainda usar o nome gim?

  • Responder abril 11, 2017

    Biasoli

    Já provei esses e outros gins brasileiros, achei ruins demais, pra quem é apreciador da bebida, não tem condições de consumir os que aqui são fabricados. É a mesma coisa que tentarem fazer feijoada em Taiwan.

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