Como ir de Lisboa para Évora

Visitar Évora, a partir de Lisboa, é a coisa mais fácil do mundo. Toma-se o trem na estação Entrecampos (conectada ao metrô) e, 1h26 depois, chega-se a pequena cidade, porta de entrada para o Alentejo. Quem tem disposição de acordar cedo (não é o meu caso), pode ir só passar o dia. Ir no trem das 8h59 e voltar no último, às 19h02. São só sete horas, mas o suficiente para ver as principais atrações. Recomendável mesmo é passar pelo menos uma noite, de preferência em algum hotel localizado dentro da cidade murada – que fica a 5 minutos de táxi da estação de trem. Neste caso de ir com mais tempo, a dica é tentar agendar uma visita à Adega da Cartuxa, da Fundação Eugénio de Almeida (fundacaoeugeniodealmeida.pt/cartuxa). Fica só a 3 km do centro histórico (cerca de 5 euros, de táxi). É imprescindível reservar para fazer a visita guiada (enoturismo.cartuxa@fea.pt), que dura 1h30. Ela termina com uma prova de vinhos e azeites. Detalhe: só quem participa da visita é que pode comprar o mítico tinto Pêra-Manca (uma garrafa apenas!), que lá custa 100 euros, o melhor preço que você irá encontrar.

Capela dos OssosEntre as atrações imperdíveis de Évora estão a Praça do Giraldo, coração da cidade, e a intrigante Capela dos Ossos, cujas paredes e colunas são inteiramente cobertas por ossos e crânios humanos aparentes. Ao lado da capela, a Igreja de São Francisco permite que o visitante suba até seu topo e tenha uma bela vista panorâmica de Évora. Só fique esperto com os horários apertados: tanto a capela como a igreja fecham na hora do almoço (das 12h45 às 14h30) e encerram a visitação às 17h10. Outro cartão-postal de Évora são as imponentes colunas do Templo Romano (também chamado de Templo de Diana; foto), do século 1. Bem em frente, vale dar uma espiada na Pousada dos Lóios, instalada num antigo convento do século 15.

Na hora de almoçar ou jantar, não titubeie e vá conhecer o mais famoso restaurante de Évora: o histórico Fialho, fundado por Manuel Fialho em 1948 e especializado na cozinha regional alentejana. Funciona das 13h às 16h e das 19h às 23h (fecha seg.).

Jornalista paulistano, foi crítico de bares da revista Veja São Paulo durante dez anos (2003 a 2013) — período em que escreveu e foi jurado das edições anuais Comer e Beber. Antes, trabalhou como colunista do Estadão (de 1994 a 2001) e colaborou para o Jornal da Tarde e revista Época São Paulo. Em 2014, criou o Taste and Fly, onde publica semanalmente posts sobre os melhores bares e restaurantes de São Paulo além de dicas de viagem e bebidas.

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